9 dicas para uma maternidade mais simples e significativa

Diante de tantas regras e modelos sobre uma maternidade bem-sucedida é comum nos perdermos e seguirmos a corrente, esquecendo quais são os valores que realmente importam em nossa família. É uma enxurrada de informações que nos arrasta em obrigações em que o ter se confunde com o ser. Felizmente, uma onda do “menos é mais” está despontando no mundo. Vale a pena assistir o documentário “Minimalism”, disponível no Netflix.

A filosofia do minimalismo foi estendida para a maternidade e paternidade no livro de Christine Koh e Asha Dornfest, “Minimalist parenting”. Elas dão dicas preciosas sobre como usar significativamente o seu tempo e o seu dinheiro e levar uma vida simplificada, que seja exemplo para os seus filhos.

Não se trata de deixar de consumir e de aproveitar as coisas boas, mas de se questionar constantemente se determinado objeto adiciona valor à sua vida antes de levá-lo para casa ou mantê-lo em casa. A ideia é abrir espaço para o que realmente importa. “Ame as pessoas e use as coisas porque o oposto nunca dará certo”, aconselha o minimalista Joshua Fields Millburn.

Os passos para se tornar uma mãe minimalista

1. Simplifique a sua agenda.

Em vez de se perguntar como encaixar todas as demandas em sua rotina, pergunte-se: o que é mais importante e merece ser feito?

2. Tome decisões que sejam certas para você e sua família baseando-se nos valores e temperamento que possuem.

É natural não ter certeza sobre algumas escolhas e se inspirar no caminho de outras famílias. O problema é que nenhuma delas vive a sua vida ou cria os seus filhos. Pergunte-se: o que nós, como família consideramos valioso?

3. Mude o foco ao gastar. 

Em vez de se perguntar “eu tenho o suficiente?”, pergunte-se: “o que é importante pra mim e para a minha família (minhas necessidades, desejos e prioridades)?”

4. Tenha claro em sua mente a diferença entre despesa e investimento. 

Despesa é um gasto enquanto um investimento é algo que enriquece a sua vida. O que faz uma despesa migrar para o status de investimento é o significado dela e o seu ganho a longo prazo. E isso difere para cada família.

5. Eu irei aprender algo com isso? 

Algumas compras podem mudar o curso da sua vida: estudo, viagens, um animal de estimação...

6. Cuidado com a armadilha (1)

Todo mundo está comprando isso!

7. Cuidado com a armadilha (2) 

Não preencha os buracos deixados na sua infância. Evite comprar coisas apenas porque os seus pais não puderam comprar ou não davam valor. 

8. Quanto se trata de contenção de orçamento, pergunte-se o que uma mãe e um pai das décadas de 70 e 80 fariam? 

Pense nas coisas criativas que você fazia na infância. 

9. Ensine as crianças a diferença entre querer e precisar. 

Não apenas pregue isso, mas viva isso. Mas, esteja atento também à diferença entre querer e amar. É normal as crianças reclamarem que não têm nada para brincar quando, na verdade, elas estão sobrecarregadas pelo volume de brinquedos disponíveis. As crianças podem descobrir que ter menos coisas tornam as coisas existentes mais especiais. Desapegar-se é uma tarefa difícil, mas vale a pena.

“Os estímulos para querermos mais e mais não param de crescer. Em 1983, companhias gastavam US$ 100 milhões em publicidade para crianças. Em 2006, foram US$ 17 bilhões”, Minimalism Documentary.