O poder de transformação do mundo passa pelas mães
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Photo by journey cloud on Unsplash |
A transformação da sociedade passa por nós, mães. É nossa responsabilidade transformar o mundo em um lugar mais seguro, mais pacífico e com maior qualidade de vida. Se isso já soa pesado e desafiador para você, que vive em condições quase ideais de temperatura e pressão, imagina para a mãe que tenta livrar o filho do vício em drogas, do filho que se associa ao tráfico ou do que optou pelo extremismo religioso e tornou-se um jihadista – em um exemplo (por enquanto) um pouco mais “distante” da realidade brasileira.
Sim, o mundo está girando para além do nosso umbigo digital e tomamos um susto quando percebemos que o extremo acontece ali, em Las Vegas, onde me diverti nas férias passadas, ou em Paris, Barcelona, ou na Rocinha, a poucos quilômetros de casa.
Nas últimas semanas, três fontes diferentes me fizeram refletir sobre o poder que nós mulheres e mães temos sobre o mundo que queremos viver. É um assunto pesado, eu sei, mas diante do acontecimento de ontem, vale a pena refletir. Sem culpas. Vamos expandir um pouco nossos horizontes e olhar para o outro.
- O documentário “Mães contra o terrorismo”, que está sendo exibido no GNT, nos apresenta o maravilhoso projeto Escola de Mães, da organização Women Without Borders. É um um modelo que capacita mães a se tornarem agentes de paz e estabilidade em suas famílias e comunidades, oferecendo-lhes competências para identificar e reagir rapidamente a sinais de radicalismo em seus filhos. O projeto iniciou-se em 2013, em Khujand, no Tajiquistão (Ásia Central), se expandiu para a India (Kashmir), Nigéria, Paquistão, Indonésia e Zanzibar. Agora, o objetivo é implementá-lo na Europa.
- O livro “O Olho da Rua” reúne reportagens feitas por Eliane Brum para a revista Época, entre 2000 e 2008. Uma delas, “Expectativa de vida: 20 anos”, Eliane fala das “mães vivas de uma geração morta”. Ela revela a guerra brasileira pelo olhar e pela voz das mães dos mortos no tráfico. E não são poucos. Segundo a Unesco, a principal causa de morte entre jovens no Brasil é tiro. Segue um trechinho: “Nesse cenário, comum às periferias do Brasil em qualquer latitude, impedir que os filhos vão às ruas é um ato de resistência. Quando chegam à adolescência, de impotência.”
- A reportagem "Mãe desesperada dá dinheiro para traficante não vender mais para o filho" exibida no dia 27 de agosto no Fantástico mostrou o papel decisivo das mulheres na luta contra as drogas, sobretudo as mães, que tomam a iniciativa de buscar ajuda.
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