Um caminho para o fim das cólicas

Terapia craniossacral promete efeitos animadores para cólicas em bebês, dificuldades com sono e distúrbios de atenção

fim das cólicas
Roberta Ogilvie, terapeuta craniossacral pelo College of Craniosacral Therapy


Conosco era assim: todos os dias, às seis da tarde, o choro de cólica começava… E dá-lhe compressas mornas, Label, colinho, balança de um lado, de outro, em uma coreografia que durava quase duas horas. Foi nesta labuta que ouvi falar pela primeira vez da terapia craniossacral e seus efeitos superpositivos para melhorar cólicas, refluxos e dificuldades de sono em recém-nascido.

Na desorientação de mãe de primeira viagem, não chegamos a experimentar o tratamento, mas agora, para o nosso blog de maternidade, fomos em uma sessão com Roberta Ogilvie, terapeuta craniossacral pelo College of Craniosacral Therapy em Primrose Hill, Londres. Discípula de Thomas Attlee, Roberta nos mostrou que o tratamento vai além dos desconfortos dos pequenos. “Nosso foco é a qualidade de vida. Tirando questões congênitas, tudo o que é adquirido pode ser tratado com a terapia craniossacral. Fazemos a reintegração do plano físico ao plano mais sutil que permite o restabelecimento da pessoa.”

São questões como a da paciente que tinha uma dor de cabeça diária que perdurou por cinquenta anos após cair de uma escada e que cessou com o tratamento. Ou de mães que se surpreenderam com a alteração no comportamento dos filhos, diagnosticados com deficit de atenção, dificuldades com alimentação ou em dormir.

“As crianças se transformam", diz. "Observo tudo, não apenas o sintoma, mas a vida toda do paciente. Cuidar dos efeitos de uma dor é importante, um remédio pode resolver aquele sintoma específico. Mas, a cura é quando você vai no começo da história, identifica e aceita o que tem. Identificação e aceitação, essa é a cura do corpo”, conta Roberta, que atende em seu consultório, na Gávea (Rio de Janeiro) ou em domicílio.

E ela alerta para a quantidade de eletrônicos que nos envolve em casa, especialmente nos quartos dos bebês e crianças. Justamente por trabalhar com a energia sutil, essas interferências eletromagnéticas podem prejudicar o tratamento. “O sutil está acima do corpo físico, é onde você encontra a verdade da pessoa. Ao trabalhar o corpo sutil, o corpo físico, emocional e mental são afetados e a transformação é imediata”, explica Roberta.

Tratamento em crianças 

Com toques suaves, é possível sentir as pulsações e movimentações internas das pessoas. “Estamos o tempo todo em movimentos de expansão e contração, abrindo e fechando, em uma movimentação sutil que ocorre em uma região que é a hidrelétrica de energia do corpo. O Crânio e o sacro encapsulam o nosso sistema nervoso e estão envolvidos por três camadas de pele que se fundem com a fáscia. Eles 'dançam' juntos, como uma só uma entidade” , explica a terapeuta. “Muita gente que vem aqui diz: não sei o que ela faz, mas funciona”, brinca.

Em nosso caso, após receber o toque de Roberta por cerca de vinte minutos, meu pequeno, que estava bastante agitado, procurou o colchão da confortável sala em que ela atende, deitou-se por uns dois minutos e fechou os olhos em um relaxamento atípico para os seus quatro anos de pura energia. 


Como a terapia craniossacral pode ajudar crianças e bebês 

  • Eficaz em lidar com os efeitos do trauma de nascimento (as forças compressoras no crânio e os efeitos de choque resultantes de um parto traumático) e todas as suas possíveis consequências. 
  • Permite que sejam removidas tensões ou assimetrias consequentes do processo do parto e para protegê-los de consequências mais sérias no futuro cria um estado mais relaxado e assentado, melhorando o sono e trazendo mais calma e satisfação.
  • Cólicas, dificuldade com o sono e alimentação, hiperatividade, asma, infecções de ouvido, dislexia, dificuldade de aprendizado, trauma de parto. Essas são algumas das muitas condições infantis que podem ser ajudadas pelo delicado e profundo processo da Terapia Craniossacral.

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