Em caso de gravidez, dance

Foto de Bel Junqueira/Divulgação. Dança materna para mães e bebês de colo. 

Quer melhor forma de conhecer, entender e se relacionar com o corpo do que através da dança? Por que não dançar na gestação, quando a mulher vai mês a mês descobrindo um novo corpo, novas formas, um novo ponto de equilíbrio? Um momento mágico, em que temos um segundo corpo em nosso ventre.

Pois então, gravidinhas de plantão e mamães de bebês até 3 anos, anotem aí a dica preciosa: o projeto Dança Materna, criado em 2008 pela bailarina Tatiana Tardioli, oferece aulas em várias cidades do Brasil. São três modalidades básicas: Dança Materna para gestantes, Dança Materna para mães e bebês de colo e engatinhantes e Dança Materna para mães e bebês andantes.

Foto de Alê Rocha/Divulgação. A dança materna cria uma rede de apoio e identificação entre mães. 

Rede de mães 

Além de ser uma ferramenta importante para a saúde e equilíbrio físico, emocional e espiritual das mães e bebês, as aulas de dança são uma oportunidade de construir uma rede de relacionamentos e de trocas entre mulheres que estão vivendo este mesmo momento que, embora seja delicioso, é bem controverso, cheio de alegrias e inseguranças.

“Por meio da dança é possível sentir as mudanças do corpo e sentir o que está acontecendo naquele momento. Além dos benefícios físicos, o movimento é capaz de revelar o que não se expressa em palavras. Há uma abordagem corporal, mas também emocional da gravidez, que nem sempre é fácil”, conta a professora Fabiana Kasprczak, que dá aulas no Rio de Janeiro.

A aula para gestantes 

Fabiana e outras 50 professoras espalhadas por 35 cidades do Brasil e da América do Sul são formadas pelos Métodos Dança Materna para Gestantes e para Mães e Bebês. Nas aulas para as gestantes, as futuras mamães são convidadas inicialmente a prestar atenção no próprio corpo, na respiração e no bebê. São propostos exercícios, movimentos poéticos e massagens, de acordo com as necessidades de cada uma. Depois vem a dança, à base de improvisações direcionadas à exploração do movimento, percepção dos apoios, dos impulsos, da relação com o espaço, com o bebê e com as outras grávidas. No final, é feito mais um pouco de alongamento, exercícios de respiração e compartilhamento da vivência.

“Temos um cuidado especial com o equilíbrio, com o período da gravidez em que cada uma está, com o esforço que cada uma pode fazer. Cuidar da segurança das alunas e do que é adequado a cada uma é essencial”, explica Fabiana.

A percepção corporal é tão intensa e significativa, que foi fundamental no trabalho de parto de uma das alunas de Fabiana. “Ela me disse: ‘o meu trabalho de parto inteiro foi a aula de dança materna. Foi supertranquilo. Lembrei o tempo todo dos movimentos feitos nas aulas.’”

Quem pode fazer a dança materna 

• A dança é recomendada para qualquer período da gravidez. Para as mamães sedentárias, recomenda-se iniciar após as 12 semanas de gestação. 
• As gravidinhas podem dançar até o final da gestação. 
• Na dança com bebês de colo e engatinhantes, a idade dos pequenos é de um mês e meio até 15 meses 
• Na dança com bebês andantes, podem participar crianças de até 3 anos. 
• Há aulas especiais também de dança materna para casais com bebês. 
• Uma turma possui em média 8 alunas. 
• As aulas duram 1h30. Podem ser aulas avulsas, mas o ideal é fazer uma vez por semana.

Foto de Bel Junqueira/Divulgação. Há uma modalidade de dança materna para casais com bebês