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O que os seus olhos de mãe refletem?

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Photo by  Vince Fleming  on  Unsplash   “É no reflexo dos olhos da mãe que nos vemos pela primeira vez”, Nilton Bonder Entre as muitas preciosidades que o rabino Nilton Bonder nos presenteia no livro “Fronteiras da Inteligência: a sabedoria da espiritualidade”, resolvi escrever aqui, no blog Mãe, Aqui e Agora , sobre uma que se relaciona diretamente com a potência que nós pais e mães temos diante de nossos filhos .  Bonder nos lembra que “somos em relação aos outros” e nos provoca a pensar: já se deu conta de que a única face que jamais conheceremos é a nossa própria? Conseguimos ver apenas o reflexo da nossa imagem em espelhos ou fotos e imagens de vídeo. “É no reflexo dos olhos da mãe que nos vemos pela primeira vez”, escreve ele. Percebem a importância dos nossos julgamentos como pais ? Você é desleixado, você não faz nada certo, ciclano sempre foi mais responsável do que o irmão... Sempre me incomodei profundamente com esses rótulos, especia...

Cuidado ou superproteção: o perigo de nos tornarmos pais helicópteros

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Renata Klein, personagem de Laura Dern em "Big Little Lies" é um exemplo de mãe-helicóptero A interferência dos pais nem sempre é positiva para o desenvolvimento dos filhos. Estudo mostra que cuidados excessivos aos dois anos podem acarretar em problemas de comportamento aos cinco e dez anos de idade .  As intenções são sempre as melhores. Mas, a linha divisória que separa cuidado materno e superproteção nem sempre é bem clara. Já parou para pensar que você pode ser um pai/mãe “helicóptero”? Daqueles que ficam sobrevoando o filho e muitas vezes, sem perceber, o impede de lidar com frustrações necessárias para o seu desenvolvimento? Um estudo recente  mostrou que o controle excessivo nos primeiros dois anos de vida dos nossos filhos associa-se, negativamente, às regulações emocionais e ao controle de ações impulsivas ou responsivas aos cinco anos de idade e, mais adiante – aos dez anos - a mais problemas escolares, dificuldades emocionais, menor habilidade soc...

Quatro dicas de relatos sobre o amor materno

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Cena do filme "Promessas ao Amanhecer" Separei quatro dicas de livros para quem gosta de ler e se interessa pelo tema da maternidade e por todas as reverberações emocionais decorrentes da relação mãe e filhos. Duas delas, sobre o olhar das filhas para a mãe, e as outras duas dicas, a perspectiva dos filhos. Em P romessas ao Amanhecer , Roman Gary é o protagonista-narrador deste emocionante relato autobiográfico. De sua infância difícil na Polônia, passando por sua adolescência sob o sol de Nice, até suas proezas como aviador durante a Segunda Guerra Mundial, o romancista está sempre em busca de se tornar um importante homem para atender a um desejo de Nina, sua mãe. Uma relação de intenso amor, mas de um grande fardo. O diretor Eric Barbier fez a versão cinematográfica do livro, com os atores Pierre Niney e Charlotte Gainsbourg. * Promessas ao Amanhecer Romain Gary Valor de capa: R$ 43,52 Em Ainda Estou Aqui , Marcelo Rubens Paiva escreve em primeira pe...

Você abriria mão de ter filhos para salvar o planeta?

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Você abriria mão de ter filhos para salvar o planeta? Esse é o título da matéria de Amy Fleming publicada na edição online do The Guardian de hoje. O texto cita o movimento de extinção humana voluntária ou Voluntary Human Extinction Movement ( VHEMT ) que, embora possua esta denominação, digamos, radical, recebe aqueles que não necessariamente são a favor da extinção dos seres humanos, mas que se identificam de alguma maneira com a causa em questão: “uma iniciativa humanitária para a diminuição dos desastres humanos”, escrevem eles no site.  A organização Population Matters é outra que realiza campanhas contra o crescimento da população que, segundo eles, contribui para o aumento da degradação ambiental, extinção dos recursos naturais, pobreza e desigualdade. O interesse por esse tema tem crescido. Segundo o diretor do Population Matters, Robin Maynard, a procura pelas redes sociais da organização tem sido grande especialmente entre os jovens, com posts no Facebook atin...

Sobre mães, filhas e netos

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Photo by  Jake Thacker  on  Unsplash Minha jornalista preferida, Eliane Brum, me ensinou em seus escritos que um bom repórter deve "atravessar a rua de si mesmo para olhar a realidade do outro lado de sua visão de mundo." Ando ambiciosa, desejando que essa máxima paute a vida de qualquer pessoa. Quem sabe assim seremos mais empáticos!? Dia desses transitei por duas vias diferentes do universo da maternidade . Em um parquinho, repleto de crianças, reparei em uma senhora que se esforçava para acompanhar o ritmo do netinho, de dois anos de idade. Ao se sentar ao meu lado, ela desabafou sobre a dificuldade de ter que cuidar diariamente do neto porque a filha trabalhava o dia inteiro e não tinha com quem deixá-lo. Era uma reclamação legítima. Apesar de todo o amor envolvido na relação vó-neto, criar aquela criança não parecia estar nos planos dela. Mãe executiva  Na contramão desta rua, ouvi o desabafo indignado de uma mãe , executiva, equilibrando pratos p...

Em caso de gravidez, dance

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Foto de Bel Junqueira/Divulgação. Dança materna para mães e bebês de colo.   Quer melhor forma de conhecer, entender e se relacionar com o corpo do que através da dança? Por que não dançar na gestação, quando a mulher vai mês a mês descobrindo um novo corpo, novas formas, um novo ponto de equilíbrio? Um momento mágico, em que temos um segundo corpo em nosso ventre. Pois então, gravidinhas de plantão e mamães de bebês até 3 anos, anotem aí a dica preciosa: o projeto Dança Materna , criado em 2008 pela bailarina Tatiana Tardioli , oferece aulas em várias cidades do Brasil. São três modalidades básicas: Dança Materna para gestantes, Dança Materna para mães e bebês de colo e engatinhantes e Dança Materna para mães e bebês andantes. Foto de Alê Rocha/Divulgação. A dança materna cria uma rede de apoio e identificação entre mães.  Rede de mães  Além de ser uma ferramenta importante para a saúde e equilíbrio físico, emocional e espiritual das mães e bebês, as ...

Seis razões para trabalhar a alfabetização corporal de seu filho

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Na infância e adolescência, a linguagem do corpo é elemento primordial da comunicação.  Photo by  Shane Rounce  on  Unsplash Se uma imagem diz mais do que mil palavras, os gestos são fontes riquíssimas para captarmos as intenções e emoções dos que nos cercam. Daí a importância de estarmos atentos, como pais, à linguagem do corpo de nossos filhos. Ficamos tão preocupados com a linguagem falada dos pequenos, que esquecemos de olhar com mais atenção para a alfabetização corporal das crianças.  No comecinho da vida, é muito clara a importância das manifestações físicas no processo de comunicação. Afinal, antes de falar, a criança observa o mundo e se expressa através do corpo. Capta intenções, emoções, gestos e atitudes. Os desconfortos emocionais do bebê se manifestam claramente em alterações no sono, choro excessivo ou mudanças no apetite. Mas, quando eles vão crescendo e dominando a linguagem, corremos o risco de ficarmos menos atentos ao que o corpo diz....