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Mostrando postagens de outubro, 2017

Você é uma ótima mãe, não se preocupe.

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Uma mulher quando vira mãe ganha um novo olhar. Consigo identificar uma mãe pela forma como ela olha o universo ao seu redor. É um olhar atento ao externo, por vezes preocupado, mas antes de tudo cheio de amor e compaixão. É um olhar terno. Por um bom tempo, essa erupção de amor que nos invade ao ganharmos um filho se estende para o resto da humanidade. Fiquei tão mais sensível às dores do mundo. Passei a chorar em casamentos e em comerciais de TV. Queria poder adotar todas as crianças desamparadas. Passei a entender tão melhor os meus pais. Photo by  Jordan Whitt  on  Unsplash Mas, aos poucos, essa sensibilidade vai se esvaindo. Às vezes se perde em competições internas bobas sobre como o filho da vizinha é mal-educado, ou como o meu filho é tão mais esperto e inteligente, ou como aquela mãe é relapsa. É o pragmatismo do cotidiano nos fazendo esquecer o que é essencial. Uma história de amor  Este fim de semana, uma amiga/mãe me contou emocionada a su...

Tal tio, tal sobrinho

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O modelo Aristotle Polites ganhou um concorrente de peso: seu sobrinho de 18 meses é sucesso na web reproduzindo as fotos do tio. A autora da brincadeira é a mãe da criança, Katina Behm, que quis fazer uma graça com o irmão e suas poses sensuais. Ok, não se trata de um post muito construtivo para este blog de maternidade consciente e coisa e tal -  mas quem disse que essas belezuras não podem fazer bem para a alma também? Claro que eu me refiro à belezura das poses do bebê. A mãe resolveu fazer a brincadeira depois que o filho se recusou a vestir uma camisa e ficou com ela enrolada no pescoço. "A imagem do meu filho com a camisa por colocar e o peito à mostra me fez rir, porque parecia uma capa de um romance barato", contou Katina ao The Huffington Post. "Depois que tirei a foto me dei conta que meu irmão Aris tinha uma foto semelhante na página do Instagram em que expõe seus trabalhos como modelo." Depois disso, ela tirou outras fotos similares ao do...

Você vai ler este texto agora, porque não há tempo para a espera

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Photo by  Caleb Jones  on  Unsplash Quando eu era criança eu tinha que saber esperar. Esperar o aniversário para ganhar o presente, esperar os adultos terminarem de falar para eu me manifestar, esperar o fim de semana para comer aquele doce especial, esperar os 15 anos para, quem sabe, poder viajar para a Disney, esperar pela resposta da carta ou do postal. Eram muitas as esperas e ainda assim cresci com imensa dificuldade em lidar com o tal “dar tempo ao tempo”. Fico olhando para o meu filho e penso: pobrezinho! Juro que tento passar essa sabedoria para ele. Mas, como concorrer com o imediatismo da internet 4G; a eficiência da Siri (e Alexa, para os mais antenados com a tecnologia); a rapidez das mensagens instantâneas? Haja frustração para o pequeno, quando chegar na vida adulta e perceber que o mundo não se move na velocidade dos bits.  Que temos que esperar para conseguir um diploma; esperar pela promoção que não chega nunca; esperar pela entrevista ...

A fórmula da felicidade de Einstein vem à tona

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Quanto vale a fórmula da felicidade? Ainda mais quando escrita por ninguém menos que Albert Einstein? Pois não é que ela foi adquirida nesta terça, dia 24, por US$ 1,5 milhão, em um leilão realizado em Jerusalém!? São duas frases, simples, mas certeiras, que o gênio da física entregou a um mensageiro do Hotel Imperial, em Tóquio. O funcionário estava lhe entregando um telegrama com o anúncio de que Einstein havia ganhado o Nobel de Física de 1921. Sem trocados, o gênio escreveu duas mensagens curtas como recompensa pelo serviço do mensageiro e lhe alertou que o valor daqueles papeis seriam bem mais altos que uma gorjeta qualquer. O homem sabia das coisas. E a tal felicidade? A mais longa carta, chamada “carta da felicidade” diz: “Uma vida calma e modesta traz mais felicidade do que a busca por sucesso acompanhada de inquietações constantes”. A outra nota dizia: “Onde há vontade, há um caminho”.  Fonte: Live Science   Você também pode gostar de ler...

A importância de estimular a espiritualidade nas crianças

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Photo by  Christopher Campbell  on  Unsplash A máxima de que não se discute futebol, política e religião nunca foi tão verdadeira nos dias atuais. A intolerância chegou a tal ponto que passa por cima de amizades, gera posts agressivos nas redes sociais, provoca brigas em família . Mas, e se decidirmos discutir a espiritualidade ? Talvez o momento seja bem apropriado para isso, especialmente com os nossos filhos. Veja bem: espiritualidade é diferente de religiosidade. Sabe quando a gente se encanta ao ver a coreografia dos pássaros no céu? Ou quando sobe no topo da montanha e se depara com a imensidão da natureza? Quando decide fechar os olhos e prestar atenção na respiração e percebe que se envolveu em uma paz mental que parecia difícil de alcançar? É a esta consciência interior e a este senso de relacionamento com um poder superior que denomino espiritualidade. Uma conexão transcendental que é superimportante para o nosso desenvolvimento saudável. A Lisa Miller...

Qual a personalidade do seu filho?

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Photo by  Vance Osterhout  on  U nsplash Uma das coisas mais legais em ser mãe e acompanhar o desenvolvimento de uma criança é começar a identificar seus traços de personalidade, que despontam muito cedo. O filho pode até ser a cara do pai ou ter a ginga da mãe, mas certamente terá uma personalidade para chamar de sua. Na década de 70, um time de pesquisadores da Universidade de Michigan e da Universidade de Oregon, capitaneados por Paul Costa e Robert R. McCrae definiram cinco “ingredientes“ que formariam a personalidade dos indivíduos, chamados de Big Five (Openness, Conscientiousness, Extraversion, Agreeableness e Neuroticism). De lá pra cá a psicologia evoluiu e muitas outras formas de medir a personalidade surgiram, mas os traços do Big Five são ainda hoje usados para compreender as pessoas, especialmente por empresas e consultores de carreiras. Personalidade pode definir sucesso pessoal? Esses traços de personalidade são considerados por muitos pesqui...

Um caminho para o fim das cólicas

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Terapia craniossacral promete efeitos animadores para cólicas em bebês, dificuldades com sono e distúrbios de atenção Roberta Ogilvie , terapeuta craniossacral pelo College of Craniosacral Therapy Conosco era assim: todos os dias, às seis da tarde, o choro de cólica começava… E dá-lhe compressas mornas, Label, colinho, balança de um lado, de outro, em uma coreografia que durava quase duas horas. Foi nesta labuta que ouvi falar pela primeira vez da terapia craniossacral e seus efeitos superpositivos para melhorar cólicas , refluxos e dificuldades de sono em recém-nascido . Na desorientação de mãe de primeira viagem, não chegamos a experimentar o tratamento, mas agora, para o nosso blog de maternidade , fomos em uma sessão com Roberta Ogilvie , terapeuta craniossacral pelo College of Craniosacral Therapy em Primrose Hill, Londres. Discípula de Thomas Attlee , Roberta nos mostrou que o tratamento vai além dos desconfortos dos pequenos. “Nosso foco é a qualidade de vida. Tirando...

Todo mundo teve infância. Será?

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Photo by  Robert Collins  on  Unsplash “Saiba: todo mundo teve infância/ Maomé já foi criança”. Será? Claro, que Maomé, Arquimedes, Buda, Galileu e também você e eu já fomos crianças. Mas, não necessariamente todos tivemos infância. Pelo menos não os que nasceram antes do século 16. A infância é um fenômeno histórico e não meramente natural, sabia disso? Além disso, existem “infâncias” a serem analisadas, que variam de acordo com o contexto e a realidade de cada grupo social. Às vésperas do Dia das Crianças, tomo a liberdade de reproduzir aqui no melhor blog de maternidade de todos os tempos : ) algumas curiosidades que li no artigo “A Construção Social do Conceito de Infância” , dos professores e pedagogos Cláudia Terra, Vantoir Brancher e Valeska de Oliveira. 12 curiosidades sobre a construção social da infância 1          A vida era relativamente igual para todas as idades antes do século 16, ou seja, não havia muitos est...

Pela abertura dos museus, pela abertura das mentes

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Obra Desvio Para O Vermelho, de Cildo Meireles, em Inhotim Queridos pais, precisamos nos sensibilizar pela arte  Precisamos falar sobre arte. Precisamos falar sobre arte com os nossos filhos. Precisamos de cabeças e museus abertos para povoarmos o mundo com seres mais sensíveis. Sensibilidade, sensação... “Conhecimento não é mais do que sensação”, já afirmavaTeeteto em seu diálogo com Sócrates, lá na Grécia Antiga. Se a obra de arte nos estimula a perceber pelos sentidos e a sensação é (uma forma de) conhecimento, dá para entender por que abordar este assunto em um blog de maternidade ? Porque, como pais , uma das nossas grandes preocupações é munir nossos filhos de conhecimento. A educação artística pode até não fazer parte do seu investimento pedagógico, mas a arte faz parte do conjunto das experiências humanas. Não é possível ignorá-la. E posso te contar um segredo? Entrar neste universo é extremamente estimulante e benéfico para a sua cria. Em um mundo perpassado pel...

Quatro livros infantis para se ter na prateleira

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Foto Freepik.com Olha que legal: a Rona Hanning , do Instituto Ler,  deu 4 indicações de livros infantis contemporâneos que  pais e mães podem ler para crianças de todas as idades. São histórias que, sem didatismo, abordam temas mais do que necessários: É assim , de Paloma Valdivia   Edições SM  Com páginas bem coloridas, ilustrações geométricas, bichos e humanos, “É assim” é um bom exemplo da articulação entre literatura infantil e espiritualidade. Em uma história muito simples, a autora aborda o ir e vir, o ciclo da vida, sem fazer necessariamente menção direta à morte. Se, de uma hora para outra, deixam de existir o gato do vizinho, a tia Margarida e mesmo o peixe da sopa do dia anterior, logo em seguida chegam pessoas novas: são os “desejados”, “os que vieram sem perguntar”. Drufs , de Eva Furnari  Ed. Moderna  Este lançamento da Eva Furnari é um bom exemplo de literatura que estimula conversas. Sem didatismo e com uma boa dose...

Não compre qualquer livro para seu filho

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Photo by  Gaelle Marcel  on  Unsplash Sete conselhos para mães e pais fazerem as escolhas corretas quando se trata de literatura infantil  Não sou muito boa com lembranças da infância , mas pelo menos dois momentos vivos em minha memória me remetem aos livros. Lembro de minha mãe nos levar ao espaço da editora Miguilim, em Belo Horizonte, para explorarmos as suas estantes coloridas, repletas de histórias. Também me lembro de ir com a família na livraria Ediouro para comprarmos livros: Vivi Pimenta, Inspetora, Goiabinha.... Era uma das poucas coisas que podíamos escolher e comprar à vontade. Essa memória afetiva é um exemplo claro de que a literatura é um lugar de encontros , que constrói experiências de amor , promove diálogos, para não dizer a óbvia bagagem cultural que nos oferece. “Quando estimulada deste pequeno, a leitura traz perspectivas criativas que ajudam o sujeito a criar caminhos próprios e ter soluções inovadoras. Esses são atributos mais d...

Mimos para aquecer a alma das mamães

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Fazer comprinhas vez ou outra, de forma consciente, é bom e faz parte da vida, mesmo a vida agitada que nós, mãe s, levamos. Hoje decidi indicar coisas fofas, como as latinhas decoradas da Maria Sem Vergonha , que contêm sementes, terra vegetal, pedrisco e um manual de jardinagem para plantio fácil de flores, hortaliças e temperos. O objetivo é facilitar o cultivo de plantas na sua janela, na varanda ou até na mesa do trabalho. Eles vendem em lojas de diversas cidades e também pela internet. Valor: R$ 29,90 Outra fofura que descobri na web são as roupinhas da Minimi Estúdio , que se intitula moda minimalista, sem gênero e divertida. São peças charmosas que vestem de recém-nascidos a crianças de até 3 anos e que podem ser compradas pela web também. Os turbantes são uma graça! E para as gravidinhas, acho uma boa ideia os produtos da ACrochetteria para a porta da maternidade. Os produtos podem ser acessados via Instagram: @acrochetteria. OBS: Tatazinha, a...

Manuais de maternidade podem causar desorientação?

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Photo by  Kelly Sikkema  on  Unsplash Manuais para cuidar de bebês e se tornar uma boa mãe podem fazer mais mal do que bem? Amy Brown, pesquisadora da saúde de mães e crianças da Swansea University , realizou um estudo com 350 mamães de bebês entre 0 e 12 meses   e descobriu uma relação inversamente proporcional entre a saúde mental das entrevistadas e o número de livros da categora lidos por elas. As que mais haviam lido manuais sobre como cuidar dos bebês eram as que mais apresentavam sintomas depressivos. Enquanto 22% das mães entrevistadas disseram se sentir mais calmas depois de uma leitura, 53% sentiram-se mais ansiosas. Mas, atenção: a pesquisa mostrou uma correlação entre a leitura e a depressão e não uma relação de causalidade. Você poderia inferir que as mães que passam maiores dificuldades nos primeiros meses de maternidade tendem a buscar mais ajuda na literatura especializada, por exemplo. No entanto, a Zoe Williams, do The Guardian, publi...

O poder de transformação do mundo passa pelas mães

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Photo by  journey cloud  on  Unsplash A transformação da sociedade passa por nós, mães. É nossa responsabilidade transformar o mundo em um lugar mais seguro, mais pacífico e com maior qualidade de vida. Se isso já soa pesado e desafiador para você, que vive em condições quase ideais de temperatura e pressão, imagina para a mãe que tenta livrar o filho do vício em drogas, do filho que se associa ao tráfico ou do que optou pelo extremismo religioso e tornou-se um jihadista – em um exemplo (por enquanto) um pouco mais “distante” da realidade brasileira. Sim, o mundo está girando para além do nosso umbigo digital e tomamos um susto quando percebemos que o extremo acontece ali, em Las Vegas, onde me diverti nas férias passadas, ou em Paris, Barcelona, ou na Rocinha, a poucos quilômetros de casa. Nas últimas semanas, três fontes diferentes me fizeram refletir sobre o poder que nós mulheres e mães temos sobre o mundo que queremos viver. É um assunto pesado, eu sei, mas...